UM BEIJO NA ALMA É FURTIVO...


Um beijo na alma é furtivo...
É o linimento que acalma...
Um beijo na alma é doce...
Envolvente...
É ternura...
Faz chover luzes na aura...
É bálsamo para o espírito...
Um beijo na alma eu te dou
enlaçando-te com o carinho
da pureza de min’alma
feito uma doce canção
como se o dedo de Deus
tocasse o seu coração...
Beijos n’alma...
 Pétala Suave...

UM TOUR PELAS ESTRADAS DO MEU EU...



UM TOUR PELAS ESTRADAS DO MEU EU...

          Fiz um tour pelas estradas do meu eu...
          No primeiro retorno encontrei a INVEJA, que me olhou dos pés à cabeça, num torpor de sentimento negativo, causando-me um frio esquisito na espinha...
          Logo depois, dei de cara com o ORGULHO, que nem sequer ousou me olhar nos olhos...
        Horas mais tarde, percorridos vários quilômetros, encontrei a TRISTEZA. Essa logo me acenou com um semblante sofrido, então, interrompi por alguns instantes, a minha viagem a fim de estender-lhe a mão e transmitir-lhe os fluídos benéficos da alegria. Afaguei-lhe os cabelos, num leve e sincero abraço para fazer-lhe antever a certeza de que nunca estamos sozinhos, pois há sempre um amigo que nos estende a mão, que nos ouve com carinho e que nos olha com ternura.
          E neste meu gesto lenitivo, consegui elevar o astral da velha amiga que, de pronto, retribuiu o meu abraço.
          Cuidei de despedir-me porque a estrada fazia-se longa...
         Ao retornar a caminhada, percebi que o sol já se despedia do dia e por isso, procurei ir mais ligeiro.
     Treco... Treco... Treco... Treco... Nessa pressa, caí do cavalo e por sorte do destino, nesse momento encontrei outra amiga, chamada SOLIDARIEDADE.
         Esta, sempre muito serena, cautelosa e atenciosa, veio em meu socorro, deu-me a mão e ergueu-me do chão. Examinou-me e interrogou-me querendo saber se eu havia me machucado. Ofereceu-me um copo d’água e presenteou-me com lindas flores e pétalas de rosas. Encantou-me a sua gentileza.
         Contudo, precisando prosseguir minha odisseia, despedimos-nos alegremente e sob fortes recomendações da minha amiga para que eu me cuidasse.
          Após horas de viagem, encontrei mais uma amiga, dessa vez a PACIÊNCIA.
          Ao vê-la de longe, chamei-lhe bem alto:
          PACIÊNCIA...!
          PACIÊNCIA...!
        E surpresa, ela olhou para traz demonstrando muita alegria em rever-me e eu, prontamente, perguntei-lhe: - “Por que ainda estais no meio do caminho se saíste do mesmo lugar que eu, um dia antes”...?
          Ela me respondeu: - “Claro amiga, prá que pressa, se devagar se vai ao longe...?”.
          Ainda na companhia de PACIÊNCIA, avistamos logo à frente a sofrida DOR, se contorcendo e se lastimando. Fomos até seu encontro e PACIÊNCIA, como sempre, muito pacientemente, aplicou-lhe algumas massagens de fé e falou-lhe sobre as benesses da ESPERANÇA.
     Tão logo citado esse nome, surge uma linda criatura irradiando FELICIDADE, ALEGRIA, PAZ e AMOR. Apresentei-me, eu sou AMIZADE, prazer em conhecê-la. E ela falou-me, num tom quase decepcionado: - “Há horas que eu falo com a DOR, mas ela não quer me ouvir. Não quer entender que um dos maiores remédios para o sofrimento é a ESPERANÇA”. E num lapso, surge a belíssima FÉ, nos propondo uma corrente de pensamentos positivos, uníssonos e elevados a DEUS, em oração e minutos depois a DOR estava curada, pela força dos fluídos positivos dessa corrente de FÉ.
     Após esses longos contratempos, percebemos que o dia já dava sinais de sonolência, então resolvemos prosseguir mais uma vez, a nossa viagem. Agora, eu e PACIÊNCIA.
        E nos primeiros raios crepusculares do novo dia, surge no horizonte, a figura esguia de uma bela criatura que juntou-se ao nosso pequeno grupo, a SAUDADE, fazendo questão de dizer que durante todo o tempo da nossa trajetória, ela nos acompanhava e fez-nos lembrar das nossas amigas em comum, SINCERIDADE e VERDADE.
       Agora, enfim, quando já estávamos bastante enfadados, avistamos ao longe o nosso ponto de chegada. Era um simples e modesto casebre, porém acolhedor e aonde residiam nossas velhas amizades, SINCERIDADE e VERDADE. Nosso reencontro foi realmente uma festa emocionante e aproveitamos o momento para prometer que nunca mais nos separaríamos.

Pétala Suave...
       

A ROSA E A BORBOLETA


A rosa perguntou à borboleta:
- Como fazes para voar com suas pétalas?
E a borboleta respondeu:
- Não são pétalas e sim, asas.
Ao que a rosa redarguiu:
- Se não são pétalas por que são tão frágeis?
- É que apesar de não ser uma rosa, minhas asas são delicadas porque me levam de rosa em rosa, a fim de cumprimenta-las pela sua beleza e sentir o seu perfume.
 Sem a beleza das rosas não seríamos tão belas e morreríamos de tristeza.
Pétala Suave...