domingo, 27 de fevereiro de 2011

O REI DOS MEUS SONHOS


O REI DOS MEUS SONHOS

Criei um grande império
guardado no coração...
Nele botei um trono
que senta um lindo rei...
Um rei que vejo nos sonhos...
Nos meus sonhos de rainha
que eu mesma imaginei...
Em carruagem de prata
tão rica...
Tão linda
e tão bela...
Me trás meu rei
que me diz
cantando
baixinho...
Baixinho...
Baixinho...

“Nunca mais você ouviu falar de mim
mais eu continuei a ver você...
Em toda essa saudade
que ficou
não se esqueça de lembrar
que nunca te esquecerei”.


Pétala Suave...


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

UMA MOCHILA




 
Navego no mar revolto...
No mar revolto da vida...
Em alto mar
eu carrego apenas uma mochila
com flores
e pétalas de rosas...
Não trago mais do que isso...
Pormente é só que preciso
para ancorar o meu barco
no porto da solidão.

Pétala Suave...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

NOITE INDOMÀVEL


NOITE INDOMÀVEL


          Ó noite indomável, exorciza minh’alma, liberta meu corpo.
          Ó noite indomável sentes meu corpo dormente, sedento e suave.
          Noite...
          Que noite...!
          Deixa deitar-me de leve e ao relento cair, deixa-me dormir o meu sono, faz-me sonhar os meus sonhos. Os sonhos de uma mulher que tem o corpo suave e suas mãos delicadas.
          Os sonhos de uma mulher que ora sonha acordada, querendo um aconchego.
          Um aconchego num colo que me faça agradecer as noites tão indomáveis e quando amanhecer, meu corpo caído ao relento, esteja muito suado prá desejar chegar logo outra noite tão indomável.

Pétala Suave...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Morrer à Beira do Mar...




Quero morrer à beira do mar
Que o meu corpo pernoite acolá
Pra que o luar
Me ponha a ninar...
Quero morrer à beira do mar
Ouvindo a sereia
Pra mim a cantar
E o serenar
Meu corpo banhar...
Quero morrer à beira do mar
Ali repousar
E minh’alma cantar
Olhando o luar
No encontro com o mar
Fazendo o meu corpo
Enfim descansar...


Pétala Suave...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O TIC - TAC...



          A porta entreaberta e eu desespero, sempre à sua espera, no quarto singelo à meia luz.
          Escuto um eco... Será sua voz...?
          Olho o relógio e a hora me diz, talvez não virás. O tic-tac não pára e eu que tanto desejo, por que tem correr...? Por que não páras relógio...?
          Ó que ingrato, a incitar-me a ansiedade...
          E tu que não chegas...!
          O tic-tac, tic-tac, não pára…
          Ouço ruídos, penso: É ele...! Corro à janela, mas é ilusão...
          Minhas mãos se corroem de tanto se entrelaçarem. Meus olhos lacrimejam e meu coração acelera, arrìtcamente.
           Ó tempo... Por que não páras...?
           Vede, estou um trapo... Quase um farrapo de tão ansiosa.
          Vede... És o indício de que ele não virá.
          Hora ingrata, tu passas ligeiro feito um cometa.
          E o tic-tac a me perturbar, dizendo-me, é hora de ir-se deitar.
          Relógio... Relógio... Por que não páras...?
          És meu algoz, da incerteza, da espera.
         E o tic-tac, acompanha-me, ensurdecedor e sem misericórdia, aos meus ouvidos.
          Tento esquece-lo. Eliminá-lo. Mas, fixou-se no tímpano.
           Ando de um lado a outro e a espera continua, o mundo silencia e o relógio insiste no seu tic-tac.
          O coração acelera... Minh’alma dói e ele não vem.
          E o relógio, ali, frente a mim, fixando-me. Parado, feito um carrasco, esperando meu corpo cair ao relento.
          A lua se vai, lentamente e eu à janela, espraiando, imagino um vulto enxergar por entre as árvores, um vulto dourado, banhado com cores do luar, vai se chegando... chegando...

          Ahh...!

          Que bom...!

          É ele...

         Ele mesmo...!

          Ahh...

          E o tic-tac parou.

          Até que enfim.

Pétala Suave...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

NO MEU ACONCHEGO


NO MEU ACONCHEGO

No meu aconchego
ã meia luz
ouço uma música pensando em você
Você que nem sei...
Você que nem vejo...
Você que nem sinto...
Doce ternura...
Doce aconchego...
Farto-me do frio sob os lençóis 
no aquecer do meu ser lúdico
banhada nos sonhos da poesia
desse canto lírico...!

Pétala Suave

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ETERNO FRENESI


ETERNO FRENESI

Neste frio que acalenta minhas noites
encolho-me sob os lençóis 
e meu ser... 

Ó meu ser...!

Num eterno frenesi
chama por ti
para aquecer a minh'alma 
ora tépida
aqui te querendo...
Enquanto o meu corpo freme...
Geme...
Treme...
Ferme...
Clama...
Ó insólito rei 
vem aquece-me desse ingrato frio
que nebula minh'alma...!


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ÓPERA DA NOITE

ÓPERA DA NOITE

     Na madrugada

o vento balouça a cortina do meu quarto e ouço sussurros ao longe.

          Vou até a janela 

e vejo o vulto de alguém 

por entre o clarão do luar.
          Acordes de violão invadem o meu ambiente 

trazendo uma bela canção 

em voz tão melodiosa 

“...Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois...”, 

som que envolve o meu ser 

e eu de cá, 

respondo baixinho

  “...Por que você me deixa tão solta...”.
          Ao pé de minha janela

 a melodia entoa o som que inebria minh’alma 

e encantada debruço-me

absorvendo a doce canção. 

E lá...

No pé da janela 

você tão lindo e romântico 

me envia beijos de amor 

e eu daqui do meu canto

atiro-te pétalas de rosas

 enquanto os raios do luar envolvem nossas silhuetas

 transformando-nos em personagens 

da ÓPERA DA NOITE.
          Mas...

Tudo tem o seu tempo.

 A lua vai se escondendo 

e o dia já vem raiando

 então te vejo sumindo...

 Sumindo...

 Sumindo...
          Que pena...

 Que pena...
          Resta-me, apenas...

Esperar o novo luar...