ÓPERA DA NOITE
ÓPERA DA NOITE
Na madrugada
o vento balouça a cortina do meu quarto e ouço sussurros ao longe.
Vou até a janela
e vejo o vulto de alguém
por entre o clarão do luar.
Acordes de violão invadem o meu ambiente
trazendo uma bela canção
em voz tão melodiosa
“...Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois...”,
som que envolve o meu ser
e eu de cá,
respondo baixinho
“...Por que você me deixa tão solta...”.
Ao pé de minha janela
a melodia entoa o som que inebria minh’alma
e encantada debruço-me
absorvendo a doce canção.
E lá...
No pé da janela
você tão lindo e romântico
me envia beijos de amor
e eu daqui do meu canto
atiro-te pétalas de rosas
enquanto os raios do luar envolvem nossas silhuetas
transformando-nos em personagens
da ÓPERA DA NOITE.
Mas...
Tudo tem o seu tempo.
A lua vai se escondendo
e o dia já vem raiando
então te vejo sumindo...
Sumindo...
Sumindo...
Que pena...
Que pena...
Resta-me, apenas...
Esperar o novo luar...
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