quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ÓPERA DA NOITE

ÓPERA DA NOITE

     Na madrugada

o vento balouça a cortina do meu quarto e ouço sussurros ao longe.

          Vou até a janela 

e vejo o vulto de alguém 

por entre o clarão do luar.
          Acordes de violão invadem o meu ambiente 

trazendo uma bela canção 

em voz tão melodiosa 

“...Às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois...”, 

som que envolve o meu ser 

e eu de cá, 

respondo baixinho

  “...Por que você me deixa tão solta...”.
          Ao pé de minha janela

 a melodia entoa o som que inebria minh’alma 

e encantada debruço-me

absorvendo a doce canção. 

E lá...

No pé da janela 

você tão lindo e romântico 

me envia beijos de amor 

e eu daqui do meu canto

atiro-te pétalas de rosas

 enquanto os raios do luar envolvem nossas silhuetas

 transformando-nos em personagens 

da ÓPERA DA NOITE.
          Mas...

Tudo tem o seu tempo.

 A lua vai se escondendo 

e o dia já vem raiando

 então te vejo sumindo...

 Sumindo...

 Sumindo...
          Que pena...

 Que pena...
          Resta-me, apenas...

Esperar o novo luar...




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